Do antecedente ao ato criativo do processo de construção de uma marca

29/09/2019

Como nós, seres humanos idealizamos uma marca?

Por ALMEIDA, Anderson.

Já foi provado teoricamente que basta aumentar o índice de desemprego, que paralelamente cresce o índice de empreendedorismo no país (NASSIF, et al, 2011). Atualmente, diante dos ainda altos índices de desemprego 12% (IBGE, 2019), vivenciamos este avanço de quem agora vislumbra a possibilidade de ser dono do seu próprio negócio, flexibilização de horários, independência financeira, um sonho para a maioria dos brasileiros.

O que é de se esperar, é que diante das novas oportunidades, novos negócios venham surgindo, alguns direcionados a atender as dificuldades encontradas pelos consumidores, outras pela necessidade do ganhar pão, que também é o caso de muitos trabalhadores. Desta forma, nem sempre se há um bom planejamento empresarial, o que acontece de fato é que isto para muitos venha ser a ultima coisa, o que deveria ser uma das primeiras investidas do novo futuro empreendedor.

De certa forma, a necessidade de colher resultados nem sempre espera o empresário se capacitar, e já começa a investir em estrutura, matéria prima, equipamentos, e a marca que o produto/serviço irá carregar. O que parece uma decisão difícil, as vezes a criatividade manda seu substituto, e este não é nada criativo. Da falta de algo único, tem-se nomes pessoais (nada contra, até possível de registro e muitos bonitos) como marcas, seguidos de ramo de atuação, ou até nomes que possuem boa sonoridade, mas carentes de boa apresentação configurativa da marca.

Escolher o nome que a marca terá, tem um peso tão grande quanto definir o melhor local para se abrir o negócio. Escolher o nome ou como ela ser apresentará é uma tarefa tão árdua quanto identificar uma oportunidade. Fazer a construção da imagem da marca é algo que foge da alçada de um empresário. É fácil compreender que o custo é alto para se ter uma marca cuja identidade faz o elo entre o produto/serviço e o consumidor, principalmente para início de um novo negócio - dependendo do tipo de negócio e o capital desprovido para o plano de negócio.

O que todo empreendedor deve compreender, é que antes de se arriscar em programas tipo Corel (Ótimo para a criação de identidade corporativa por profissionais, recomendo), sites da web para criação de logos (Econômico, mas muito cuidado com direitos autorais e de terceiros), ctrl+c / ctrl+v, etc, e correr alguns riscos que trilharão o negócio antes de iniciar e já caminhar em direção do abismo, é que empresário nasceu para ganhar dinheiro e se preocupar com o seu negócio.

Não cabe ao empresário criar o desenho da sua própria marca, cabe ele escolher um nome, até palpitar uma possível cor, e suas preferências. Os demais, são tarefas para um Designer especialista, em parceria com um Consultor em Propriedade intelectual. Ambos terão o melhor direcionamento, isto sem ferir o direito de terceiros, sem gerar prejuízos com direito do autor, sem utilizar marcas registradas ou em processo de registo (o que causaria um grande prejuízo no futuro do novo negócio), e o que é principal: oferecer ao cliente (empresário) a construção de uma identidade marcaria com conceito, inovação e criatividade.


REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NASSIF, Vânia Maria Jorge; GHOBRIL, Alexandre Nabil; DO AMARAL, Derly Jardim. Empreendedorismo por Necessidade: O Desemprego como Impulsionador da Criação de Novos Negócios no Brasil. Pensamento & Realidade, [S.l.], v. 24, n. 1, out. 2011. ISSN 2237-4418. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/pensamentorealidade/article/view/7075>. Acesso em: 05 ago. 2019.

IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9173-pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios-continua-trimestral.html?t=destaques>. Acesso em: 05 ago 2019.